Zhannet - Serhiy Reznichenko
Era cheia de glamour e prazeres. Cheia de
presentes... Tantos presentes que até se sentia uma deusa a receber diariamente
oferendas de crentes religiosamente cegos pelo seu charme. Era exatamente o seu
charme e todos os seus rebolados que os dominava. Porém, não importava a
tamanha transcendência que ela era capaz de provocar nos seus galanteadores,
nenhum deles ousava abstraí-la da simples crença para o real – ninguém a queria
como companheira legítima, como mulher para toda a vida. Apenas a queriam como deusa
nos momentos de pecados, queriam-na apenas para a sensação de absolvição, de
ritual. Era por isso que sempre séria ela permanecia. Como uma imagem de santa
imaculada, séria e de olhar fixo ficava. De santa, nada tinha. De deusa, também
não. Tinha era muita solidão de mulher abstrata a observar homens fugindo das
suas mulheres concretas.
Lindo flor =] ...