Tess II - Fabian Perez

Só tinha uma forma de liberar toda aquela energia que pulsava dentro dele. A forma era complexa, mas harmônica. Umas curvas aqui, umas entrâncias ali, um conjunto todo humano. Um todo feminino. Mas bem específico. Era uma forma que só aquela mulher tinha. Ela era dona da única forma de libertá-lo. Ela era o único remédio para aquela sua pulsação. Ou ele eliminava aquela energia louca, ou iria explodir. Explodiria e morreria. Morte matada. E ela bem sabia dessa sua exclusividade. E adorava isso. Mas não se entregaria. Queria vê-lo explodir. Queria matá-lo. E não se preocupava com isso, pois sabia que depois de morto, ninguém iria incriminá-la. Ser a única forma de prazer de um homem, e usar isso de má-fé, ainda não era criminalizado. Era o "crime perfeito". E ela era dona disso.